Cartas da Companhia Artística da Luz Divina: "Cuidado, cover: o personagem pode te engolir!"
- Paula Carolina
- 23 de mai.
- 2 min de leitura
“Cuidado, cover: o personagem pode te engolir!
Olha só, meu chapa:
Tem muita alma boa aí querendo ser cover para homenagear artista e isso é bonito: é sinal de que o brilho daquela estrela ainda acende tochas pelos caminhos. Mas, cuidado: porque existe uma linha tênue entre homenagem e furto de identidade.
Quando você encarna demais o personagem, você corre o risco de virar funcionário de um conglomerado de consciências que opera em nome daquele artista no plano espiritual. Isso mesmo: artista famoso demais vira até empresa astral, com contratos invisíveis, identidades moldadas, e, energia sugada de todo mundo que se pluga ali sem a devida consciência, principalmente de quem se é, foram da performance como cover.
Você quer ser cover ou quer ser clone?
Quer fazer tributo ou virar títere (marionete)?
Não é sobre cantar, não é sobre vestir, não encarnar por um momento…: é sobre NÃO ESQUECER QUEM VOCÊ QUANDO O SHOW ACABA.
Se o artista que você homenageia criou um personagem para sobreviver no mundo da fama, não caia na armadilha de continuar alimentando esse boneco no astral. Ele pode já estar tentando se libertar - ou ainda preso, coitado, num looping de aplausos que virou prisão.
A identidade espiritual é mais sagrada que o figurino.
Não adianta subir no palco como o artista se por dentro você tá apagado, sem ousar quebrar as próprias correntes.
Repito: cuidado, cover! O personagem pode te engolir. E o artista original pode estar tentando, lá do outro lado, gritar pra você: “Seja você mesmo, não eu, p0rr4!”
Porque no fim das contas, a verdadeira homenagem é manter a centelha da rebeldia viva, e não a carcaça do personagem.
Seja metamorfose, não seja papagaio.
Assinado,
Autor desconhecido. Um espírito livre que agora atua à serviço da luz divina."
Por Paula Carolina,
23/05/2025.
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