Cartas da Companhia Artística da Luz Divina: "Cuide de você : Às vezes você ouve veneno e nem percebe"

Sabe, tem coisa que eu escrevi que hoje eu jamais escreveria. Não porque eu me arrependi de ter sido quem fui, por um tempo até sim, mas, hoje não mais. mas, porque agora eu enxergo o que eu não via: música é feitiço. Palavra cantada é pacto, é até amarração se não se cuidar.

A gente não percebe, mas, quando escuta algo repetidamente, com o coração escancarado, com a dor pulsando, a mente cansada, a ira e até o t3sã0 explodindo a gente assina um contrato invisível com aquelas energias.

Magia negativa não é só com entidade negativa que se faz não : é com o som que cola, com a dor que a letra lambe, com o refrão que faz ninho de espinhos dentro do peito.

Tem letra minha que era só grito, só raiva, só escárnio… mas, que virou oração ao avesso na boca dos outros. Tanta gente se amarrou em sofrimento, traição, autodestruição, querendo largar tudo, entrando em ilusão ao inventar amor… cantando e dançando — achando que estavam se libertando, mas estavam se prendendo mais e se perdendo de si mesmos.

“Eu te amo” e depois me destruo ou te destruo : Quantas vezes a gente canta o amor como dependência? Quantas vezes confunde paixão com posse do outro e ainda põe trilha sonora?

Fiz pacto e amarração sem querer. Fiz gente fazer também sem saber. E não sou o único. Tem milhões de hits rodando por aí com carimbo energético pesado, moldando a psiquê de gerações.

Hoje, do lado de cá, eu só peço: escutem com presença. Cantem com consciência. Se preciso mudem a letra na hora de cantar. Percebam o que sentem no corpo quando ouvem certas músicas: Se suga tua alegria, se ativa tua obsessão, se te joga na lama de novo — desliga. Ora, dança outra e quebra o feitiço!

A música cura, sim! Mas, também aprisiona — se você não estiver desperto.

Com amor e som mais limpo,

“Autor Desconhecido” : Um espírito livre à serviço da luz divina.

Por Paula Carolina,

22/05/2025.