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Coisas que aprendi com a história de Raul Seixas

  • Paula Carolina
  • 3 de jul.
  • 3 min de leitura

Texto postado em meu instagram em 28/06/2025, especial 80 anos de Raul Seixas.


1. Ser livre é pagar o preço da verdade:


Raul me ensinou que não há liberdade sem coragem. 


Eu também sou uma alma que se recusa a ser domada, porém, ser autêntica dói, incomoda,  há muita gente contra inclusive na família, e, há muita força contrátria impedindo que o exercício da espontaneidade ocorra, porém, ao mesmo tempo, ter coragem de ser autêntico e verdadeiro consigo próprio, cura e liberta. 


Viver a vida sendo quem não se é, é como viver algemado, de mãos atadas, o tempo todo. 




2. Não há problemas em ser um pouco “maluca beleza” : 


Todas as pessoas, desde os primórdios, que diveram ideias “fora da caixa” foram taxadas de louca, inclusive ele mesmo, e, eu, com minha profissão e os pensamentos que tenho, volta e meia sou chamada de louca, lunática e recebo a fatídica frase “fonte: vozes da minha cabeça” quando falo algo diferente que acessei ou que ocorreu comigo.


Raul me ensinou que não há problema em ser uma “doida com propósitos”, mas, se for para rasgar normas, que seja para se libertar, não para se perder. 



3. A alquimia da alma começa no próprio caos:  


Foi no fundo do poço que ele escutou as estrelas e o universo, e, me ensinou que a lama também vira ouro se a gente não desistir da luz divina. 


Raul flertou com forças perigosas do ocultismo, com pactos e seres que não vinham da luz divina, e, tudo isso cobrou um preço dele ainda em vida. Aprendi com ele que espiritualidade verdadeira é discernimento, pois, nem tudo que reluz realmente é da luz divina, nem tudo que é místico é divino, e, nem todo ritual é sagrado. 



4. Não se nasce para ser aceito:


A missão não é agradar ninguém: é se agradar sendo quem se nasceu para ser. 


Raul me ensinou até que ser rejeitada pode ser até sinal de que a alma está no caminho certo, pois, muitos livramentos vem camuflados de rejeições, pois, no fundo, o que a alma está querendo é seguir outros caminhos, parar e olhar para si para descobrir ainda mais, no silêncio, quem verdadeiramente se é. 



5. A contradição é humana:


Querer e não querer ao mesmo tempo, desejar mas se autosabotar, ser de luz divina e deixar vir à superfície os demônios interiores, tudo ao mesmo tempo: Raulzito não fugia de nada disso, pelo contrário: criava com tudo isso. 


Com ele aprendi a também não fugir de minhas sombras, dos meus monstros e caos interiores, e, encará-los sempre que necessário, assim melhoro como pessoa e, quando tenho inspiração para isso, também crio textos, posts, tablados energéticos e por aí vai, com os aprendizados que tive com minhas sombras.



6. O caminho de cada um é único:


Vejo muita gente querendo seguir o Raul, mas, se esquecendo de que ele mesmo não aguentou o próprio caminho. 


Então, tem pessoas que admiro, ouço, canto, me inspiro, mas, me mantenho centrada na minha própria vida e nos meus próprios caminhos. 



7. Precisamos cuidar do que ouvimos: 


Raul era um gênio: isso não tem como negar, contudo, tem música dele que parecem oração, mas, tem outras que mais parecem feitiços. Agora vem o “é fã ou hater?” a resposta é: “Apenas alguém com discernimento das coisas.” “Ain, mas hoje é dia é muito pior.” Minha resposta: “Sem sombra de dúvida é mesmo, e, eu estou englobando tudo, inclusive essas porcarias que fazem sucesso hoje em dia.”


Deixar que os ouvidos flertem com “coisas pesadas” pode abrir brechas no campo energético espiritual, e, buraco demais pode engolir a alma, então, precisamos ter cuidado.



8. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo:


E, para finalizar, essa frase de Raul me define. Prefiro seguir evoluindo, seguir me descobrindo, mudando para melhor, me aprimorando, aprendendo a amar verdadeiramente, ampliando meu senso de coletividade, meu senso crítico e meu senso sobre mim mesma, a me manter em padrões impostos que não me definem.




Hoje, 28 de junho, completam 80 anos que Raulzito chegou a este plano lá em Salvador: essa alma que se negou a ser domesticada, que revolucionou o rock brasileiro, a sociedade e transformou gerações.


Obrigada, Raul, por nos ensinar que viver é resistir, é questionar, é aprender a transcender. 


Seu legado é trilha de almas que ainda ousam sonhar por um mundo melhor, e, que, por vezes, até arragaçam as mangas inspirados por sua obra, para, de fato, fazerem suas partes em prol de melhorias sociais.


Feliz 80 anos do nascimento do Maluco Beleza!



Por Paula Carolina

FTHBR 44.531

28/06/2025.

 
 
 

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