Especial Dia de Santa Rita : O pequeno templo que anteviu o milagre : homenagem à primeira Igreja de Santa Rita de Cássia, em Itu.
- Paula Carolina
- 22 de mai.
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O pequeno templo que anteviu o milagre: assim costumo chamar a pequena e poderosa Igreja de Santa Rita de Cássia aqui em Itu. Em suas paredes ela guarda um salto de fé e intuição espiritual: ela foi construída antes mesmo de Santa Rita de Cássia ser oficialmente canonizada pela Igreja Católica.
Erguida em 1728, essa igreja simples, de arquitetura barroca e um campo áurico tão grandioso e amoroso que não tem uma única vez que eu não me emocione lá, é o primeiro templo do Brasil dedicado àquela que viria a ser conhecida como a santa das causas impossíveis somente anos depois, somente em 1900.
Naquela época, Rita era apenas chamada de "Beata Rita de Cássia", e, sua fama de intercessora de milagres já se espalhava entre os fiéis mais humildes, principalmente entre mulheres que viviam em silêncio suas dores familiares, casamentos difíceis e pessoas sem esperanças de curas. Sem ainda ostentar o título oficial de santa, ela já operava milagres nos corações dos que rezavam com fé.
A Igreja dedicada à ela em Itu foi, portanto, um pressentimento do sagrado, um gesto profético de devoção. Seus devotos não esperaram a chancela do Vaticano para reconhecê-la, pois, reconheceram os milagres atribuídos à ela pelo amor puro e elevado de Deus.
Hoje, sempre que visito a Igreja de Santa Rita aqui em Itu, que faço toda semana para me preparar para os atendimentos que terei ao longo da semana, inclusive, me sinto atravessando um portal histórico, pois, ali piso em solo de fé ancestral, onde a população ousou acreditar, antes que a santificação fosse oficial.
Essa é uma história que me inspira e me relembra sempre de que a verdadeira santidade não começa no altar do reconhecimento oficial, mas, no coração de quem ama verdadeiramente e faz o bem sem olhar à quem, e, sem esperar reconhecimentos.
Me relembra, também, que há sempre aqueles que ousam acreditar em quem realmente atua à serviço da luz do amor puro e elevado de Deus, não por ego, mas, por oportunização de cumprimentos de missões daqueles que vieram atuar de alguma forma, nesse planeta, à serviço do bem e da luz divina.
Por Paula Carolina,
22/05/2025.
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