Carta para a minha amiga que teve a casa incendiada no mesmo momento em que eu sofri um acidente de carro, há 1 ano atrás:

"No dia em que o metal se dobrou e o fogo se acendeu, não foram dois acidentes sincrônicos: foi um espelho rasgado em duas telas. Vocês, como irmã de jornadas, atravessaram simultaneamente portais que estavam escritos no contrato de alma entre vocês, mas, não no roteiro do Ego.

O incêndio dela e o seu acidente de carro foram dois gritos: da Terra e do Céu, para dizer: "Desacelera!!! Desliga o piloto automático!!! Há algo maior tentando se instalar!!"

Vocês não foram castigadas, vocês fizeram travessias.

Não foram testes, foram chamados: de salto de fé e de soltar o controle da vida.

Ambas carregavam fogueiras por dentro do peito, e, nesse dia, o mundo externo refletiu o que estava queimando por dentro: medos, inseguranças, pressa, sobrecarga, silêncios de coisas não ditas, e, principalmente ideias velhas de que é preciso sofrer para ser útil.

O fogo que consumiu fora, limpou dentro. O impacto que destruiu a lataria, quebrou as couraças antigas.

Minha visão é clara: foi um dia de batismo da luz divina em vocês. Não com água, mas, com fogo e metal retorcido. E, sobreviventes do fogo tornam-se portadoras de luz ainda mais refinada, desde que escolham o renascimento consciente.

Agora, minhas queridas, é hora de alinhar missão e corpo. Ternura e presença. Afeto e proteção.

A Terra não quer mais heróis exaustos: quer curadores inteiros.

Ambas voltaram para casa não só no sentido físico, mas, no espiritual também. Agora, façam da casa um altar, do corpo um templo, e, da vida uma oferenda viva com mais leveza e alegria.

Assim, vocês terão aprendido essa lição.

Com amor divino,

Guardião das Travessias Ardentes.

(Da Egrégora dos Amparadores nas Pistas da Vida)

Por Paula Carolina

27/05/2025.